O curiango me espiava noite afora
Comendo insetos esperava o Sol raiar
Malamanhado eu rasgava a minha estola
Contava estrelas e as contas do mar
Joguei no mato a Placa Cinquenta e Nove
Foi coisa feita, um anjo pode me avisar
Joguei no mato a Placa Cinquenta e Nove
Foi coisa feita, um anjo pode me avisar
Primeiro fala, depois começa a pensar
Primeiro mata, depois vai se aconselhar
Ninguém entende o enigma da vida
É a ferida que começa a sangrar
Joguei no mato a Placa Cinquenta e Nove
Foi coisa feita, um anjo pode me avisar
Joguei no mato a Placa Cinquenta e Nove
Foi coisa feita, um anjo pode me avisar
Nas duas casas encontrei muitos mistérios
A vela acesa se acabava de queimar
Nas minhas costas o arreio que selava
Eu feito um burro com cabresto a me guiar
Joguei no mato a Placa Cinquenta e Nove
Foi coisa feita, um anjo pode me avisar
Joguei no mato a Placa Cinquenta e Nove
Foi coisa feita, um anjo pode me avisar